domingo, 13 de abril de 2008

COMPONENTE CURRICULAR:DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

A SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO APRESENTA E DISPONIBILIZA(http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/educatrab.doc) A SEGUINTE PROPOSTA DE TRABALHO PARA O Componente Curricular: Direitos Humanos e Cidadania NO ESPAÇO ESCOLAR:

Ementa: Compreensão das bases conceituais e históricas dos Direitos Humanos, da reconstrução histórica no processo de afirmação dos Direitos Humanos na sociedade brasileira, despertando nos alunos o interesse no debate e na participação em questões afetas à cidadania e à vivência plena dos direitos e contribuindo para o desenvolvimento de responsabilização.

Objetivo: Oportunizar um espaço de reflexão, análise e compreensão dos princípios, valores e direitos que caracterizam a dignidade humana, a democracia e o pluralismo político que fundamentam uma sociedade livre, justa e solidária, estimulando práticas sociais e escolares fundamentadas no respeito aos Direitos Humanos.

I. Unidade

Direitos Humanos

O objetivo desta unidade é analisar os fundamentos e concepções de direitos humanos, cidadania e democracia, oportunizando o conhecimento e o debate sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, seus princípios e valores.

 Fundamentos históricos dos Direitos Humanos: conceito de Direitos Humanos, Cidadania e Democracia
 Direitos civis e políticos
 Direitos econômicos e sociais
 Direitos de solidariedade
 Conhecendo a legislação: A Declaração Universal dos Direitos Humanos

Sugestões metodológicas

 Construção conceitual utilizando a Mandala dos Direitos Humanos. Respondendo à questão o que são Direitos Humanos? Os alunos apresentam imagens retiradas de revistas e jornais que explicitem cada Direito Humano estudado e formam um painel circular.
 Discutir os direitos civis, políticos, econômicos e sociais a partir das experiências dos alunos e de situações do cotidiano, utilizando diversas linguagens de expressão (música, poesia, dança, teatro, textos literários, de jornal, charges, pintura, etc.).

II. Unidade

A evolução dos Direitos Humanos no Brasil

Objetivo da unidade: Discutir o movimento histórico de incorporação dos Direitos Humanos na legislação brasileira, sua importância na construção das lutas sociais e na constituição de novos sujeitos de direito e a participação das diferentes mídias no processo de construção dos conceitos e concepções sobre Direitos Humanos.

 A legislação e os Direitos Humanos no Brasil
 Movimentos sociais e Direitos Humanos no Brasil (ênfase no movimento estudantil)
 As mídias e as diferentes de respeito ou desrespeito aos Direitos Humanos no Brasil
 Conhecendo a legislação: Direitos dos portadores de deficiência e dos idosos; Direitos da Criança e do Adolescente.

Sugestões metodológicas

 Pesquisa abordando a legislação e os Direitos Humanos no Brasil, partir de diversas fontes, solicitando reflexões individuais e coletivas.
 Apresentação do material coletado pelos alunos e alunas para análise e discussão.
 Entrevista e/ou palestra com representantes de diferentes movimentos sociais que atuam na cidade, seus objetivos, lutas, avanços e importância na defesa dos Direitos Humanos.
 Análise e discussão do papel do grêmio escolar como espaço de construção de valores democráticos e participação cidadã, relacionando aos movimentos estudantis.
 Entrevista com representantes do Grêmio Escolar e/ou jovens envolvidos no movimento estudantil.
 Discussão de dilemas éticos que estão subjacentes ao papel da imprensa ao apresentar notícias relacionadas aos Direitos Humanos.

III. Unidade

Preconceito, racismo e desigualdade no Brasil

Objetivo da unidade: Contribuir para o desenvolvimento de uma percepção crítica da exclusão social das populações indígenas e afro descendentes no Brasil, promovendo o desenvolvimento da consciência da necessidade de erradicação da pobreza, redução das desigualdades sociais e combate a todas as formas de preconceitos e discriminação.

 O que são racismo e preconceito no Brasil
 A luta dos povos indígenas e a violação dos seus direitos
 Quilombo – espaço de resistência de negros e negras
 A exclusão sócio-econômica da população afro descendente no Brasil
 Conhecendo a legislação: A lei contra o racismo

Sugestões metodológicas

 Estudo da situação indígena e negra no Brasil, enfatizando o processo de resistências dessas populações.
 Investigação o tema, análise das informações e debate.
 Elaboração de painéis informativos.
 Análise crítica de representações de índios, negros e negras em músicas, literatura, filmes e outras formas de expressão, visando desvelar preconceitos e discriminações.
 Exercício autobiográfico a partir de experiências de discriminação e racismo vivenciado por alunos e alunas.
 Debate sobre práticas de inclusão e exclusão de índios, negros e negras, com ênfase nas ações afirmativas.

IV. Unidade

Equidade de gênero

Objetivo da unidade: Promover o debate sobre a importância da construção da igualdade nas relações de gênero na sociedade brasileira e do combate a todas as formas de violência e discriminação contra a mulher.

 Os conceitos de gênero e de relações de gênero
 Enfrentamento da violência contra a mulher
 As relações de gênero e o mundo do trabalho
 Conhecendo a legislação: A Lei Maria da Penha




Sugestões metodológicas

 Debate sobre as práticas discriminatórias contra a mulher observadas por alunos e alunas no seu cotidiano.
 Entrevista com representantes engajadas no movimento de mulheres na cidade, visando a discussão sobre a condição feminina, a (des)valorização do trabalho da mulher, em relação ao trabalho masculino, abordando a equidade de gênero no contexto dos Direitos Humanos.
 Análise de filmes, propagandas, músicas e outras expressões que desvalorizam a mulher.
 Análise de dados sobre a violência contra a mulher no mundo, no Brasil e em Pernambuco e das medidas legais de proteção dos direitos da mulher, de superação da discriminação de gênero e de enfrentamento de todas as formas de violência, particularmente da violência doméstica.
 Estudo e análise da Lei Maria da Penha.

Bibliografia Básica

ARAÚJO, Ulisses F.; AQUINO, Júlio Groppa. Os Direitos Humanos na Sala de Aula: A Ética Como Tema Transversal. São Paulo: Moderna, 2001.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em Preto e Branco: discutindo as relações sociais. São Paulo: Ática, 2002.
CANDAU, Vera Maria, et al. Oficinas Pedagógicas de Direitos Humanos. Petrópolis: Vozes, 1995.
CANDAU, Vera e SACAVINO, Susana (orgs.). Educar em Direitos Humanos. Rio de Janeiro: D& P Editora, 2000.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 2001.
COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1995.
NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2004.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
LEI 10.639 DE 09 DE JANEIRO DE 2003. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".
LEI MARIA DA PENHA


Bibliografia Complementar

CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e Direitos Humanos. In: REDE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS. Construindo a Cidadania: Desafios para o Século XXI. Capacitação em Rede. Recife: RBDH, 2001.

COMPARATO, Fábio Konder. Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 2ª.Ed. São Paulo: Saraiva, 2001.


BIBLIOGRAFIA VIRTUAL

www.direitoshumanos.usp.br
www.dhnet.org.br
www.onu-brasil.org.br/documentos
www.rndh.gov.br
www.mndh.org.br
www.onu-brasil.org.br/obrasilnaonu.php
www.unesco.org.br
acaodacidadania.infolink.com.br
boletimgajop.blogspot.com
DISPONÍVEL EM:http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/educatrab.doc

3 comentários:

  1. Mais uma vez as coisas na secretaria de educacao de Pe estão sendo implantadas de cima para baixo sem a consulta prévia dos professores e fora do período pois é até inaceitável que depois de passado 1 mês de inicio das aulas tenhamos que nos desfazer de livros e apostilas sobre educacao ambiental (que tmb foi implantada sem comum acordo) para substituirmos por essas novas propostas. Agora me pergunto Srs.o que dizer aos alunos que já tinham comprado apostilas gastado material? A única coisa possivel que possa ser dita é que mais uma vez nós professores fomos vítimas das decisões de poucos sempre vindas e tomadas por pessoas que há muito ou nunca tenham entrado em uma sala de aula. Ficamos a margem e a única coisa que nos resta é mais uma vez acatar. Até quando?

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  2. Pergunto e o material???

    Como sempre, te vira professor!!!

    É assim que a educação vai para frente!!!????

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  3. Colegas
    Sou professora da Rede pública e sinto as mesmas faltas(de tudo), no entanto nós educadores precisamos verdadeiramente acreditar que trabalhamos com um material privilegiado-o ser humano. Nossos alunos são reais em suas dificuldades, mas também em suas possibilidades. As escolas da rede publica tem recibo uma bibliografia rica, variada e atualizada sobre os direitos humanos.Procurem com os seus gestores ou entrem em contacto com as GRES,Trabalho com muito material do site http://www.dhnet.org.br/, no demais o tempo não espera por nossas faltas. Precisamos não apenas agir, mas proagir no sentido de contribuir com aquilo que nos cabe aprendendo a lidar com nossas faltas como nos instiga Madalena Freire no livro O educador educa a dor "-O educador educa a dor da falta.Educa a fome do desejo.
    O educador educa a dor da falta cognitiva e afetiva para construção do prazer. É da falta que nasce o desejo.
    Para (re)acender o (re)conhecimento de desejos, sonhos de vida- - esperança que nasce da apropriação do próprio pensamento.[...]Educador que se disponha a aprender enquanto ensina, trabalha seus ranços".
    Boa sorte

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