sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

PASSEIO EM COMEMORAÇÃO AOS 60 ANOS DA DECLARAÇAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. NOSSA META É CONCENTRAR 2000 PESSOAS. PARTICPE!

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE GARANHUNS
PROJETO TECENDO CIDADANIA
Educação em Direitos Humanos
3ª Etapa: AÇÃO/PRODUÇÃO
Local: CENTRO CULTURAL
Dias: 09 E 10 de dezembro de 2008
Parceiros: GRE/AM e Secretaria de Direitos Humanos de Garanhuns


As atividades de culminânia do "Projeto Tecendo Cidadania 2008" acontecerão nos dias 09 e 10/12/2008. Na ocasião os alunos estarão discutindo o artigo VI da Declaração Universal dos Direitos Humanos(DUDH) "Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei".Durante o ano letivo o projeto propôs, sobre a coordenação da professora Maria Perpétua Teles Monteiro, a discussão sobre os princípios expressos pela DUDH, concepções,características, dimensões, história e realidade dos Direitos Humanos no Brasil.Com e pelo corpo discente foram realizadas atividades de sensibilização(através das diferentes linguagens da arte), percepção(pesquisas bibliográficas e de campo), ação e produção.Segue a programação(disponível em:www.tecendocidadaniacomarte.blogspot.com)

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÈDIO DE GARANHUNS
PROJETO TECENDO CIDADANIA*
III ETAPA: AÇÃO/PRODUÇÃO
60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
em Edição especial do Jornal Interativo CEEG 10/12/2008

PROGRAMAÇÃO


DIA 09/12/2008
Manhã – Temática- Artigo XV:
Direito a nacionalidade, cultura e lazer
7:30h - Poesia/interpretação
8:00h - Hasteamento das Bandeiras/Hino à Bandeira
8:30h - Apresentação de Banda Musical
9:30h - Lanche
10:00h - Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
Formação da mesa
Objetivo da atividade/programação
Hino do Brasil (vídeo)
Hino de Pernambuco (2º “A”).
Hino de Garanhuns (Coral)
10:40h - 60 anos da DUDH ( Cordel por Herlan e Rafael 3º “C”)
11:00h – Peça teatral(1ºs anos)
12:00 – Almoço

Tarde –Temática – Artigo VI da DUDH:
Direito de ser pessoa (Apresentação 2º D- - Exposição 2º E)
13:20h – Pessoas com necessidades educacionais especiais
APAE – Balada do louco, grupo de maracatu, grupo de gestos.
14:00h – Exposição de trabalhos (alunos) “Deficiência?”(Slides/vídeos)
15:00h – A cidadania do menor e da pessoa idosa(2º A ) Video (Ney Matogrosso)
Exposição de trabalhos (alunos)
16:00h – Homenagem aos avós(abrigo) e às crianças (Creche)
16:30 – Encerramento

DIA 10/12/2008
Manhã
7:30h – Organização das turmas por faixas e direitos
8:00h – Caminhada pelos 60 anos da DUDH (1º, 2º e 3º anos.Escola → Centro Cultural)
10:00h – Lanche
10:30h – A cidadania do índio(2º C)
11:20h – Cidadania do Afro-descendente (2º F)
Exposição de trabalhos (alunos)
Apresentação musical (REGAE)
12:00h – Almoço

Tarde
13:30h – Cidadania e orientação sexual (2º C)
Exposição de trabalhos (alunos)
14:30h – Lanche
15:00h - Cidadania e gênero: a mulher brasileira(2º F)
Exposição de trabalhos (alunos)
Mesa: Drª Francisca Maura(promotora)
16:00h – Encerramento
Resultado das melhores produções sobre a DUDH(redações)
Premiações
Grupo de música e canto (Aldejam)

DIA 11/12/2008 ENTREGA DOS RESULTADOS

DIA 12/12/2008

Temática: Direito Humano à paz
Encerramento do ano letivo(Espírito natalino)Ciclo Natalino "Projeto Viver Pernambuco"
Entrega dos Prêmios e medalhas: jogos escolares e participação DUDH
• Apresentação de Grupos musicais (Menarcas e outros)
Disciplinas envolvidas: Todas
Cantata e confraternização
ALMOÇO

* Objetivo: vivenciar ações de sensibilização, pesquisa e reflexão a cerca da necessidade de desenvolvimento de uma cidadania ativa através do protagonismo juvenil, direcionada para o respeito e observância aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
*Acesse:www.http://www.cidadaniapretonobranco.blogspot.com/

“Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,[...] A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações” (ONU. 10/12/1948)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sai a lista dos finalistas do Prêmio Educação em Direitos Humanos

Estes são os Vencedores do PNEDH
Categoria 1
Secretaria de Educação de Pernambuco
Danilo Jorge de Barros Cabral
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo
Edison de Almeida

Categoria 2 A
Escola Estadual Professora Julieta Caldas Ferraz
Eni Blanco Matheus Tsuchiya
Escola de Ensino Fundamental Pio XII
Simone Barbiere

Categoria 2 B
Instituto Metodista de Educação e
Débora Heineck
Colégio Marista de Aracati
Jair Emerson da Silva

Categoria 3
Universidade do Estado da Bahia
Lourisvaldo Valentim
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Letícia de Campos Velho Martel

Categoria 4
Universidade Estadual do Norte Fluminense
Almy Júnior Cordeiro de Carvalho
Universidade Federal de Pernambuco
Amaro Henrique Pessoa de Lins

Nossa alegria é grande pois conhecemos, um pouco, o trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado de Pernambuco na Educação em Direitos Humanos.O trabalho “Educação em Direitos Humanos como Política de Estado: Educando na Diferença e na Diversidade” - elaborado pela equipe da Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educação - foi selecionado entre 35 trabalhos encaminhados pelas secretarias estaduais e municipais de Educação. “Parabéns aos que fazem a Secretaria de Educação em Especial à professora Aída Monteiro. A premiação acontece no Memorial JK, em Brasília, no dia 3 de dezembro, às 19h. Nas diversas categorias, foram mais de 350 projetos inscritos.
Este resultado está publicado na página do MEC em http://portal.mec.gov.br/secad/

sábado, 25 de outubro de 2008

Projeto tecendo cidadania/Escola de Referência em Ensino Mèdio de Garanhuns

Estamos realizando a 2ª etapa do Projeto. A discussão está acontecendo em torno do artigo VI da DUDH "Toda pessoa tem o direito de ser tratada como pessoa".As próximas apresentações de trabalhos acontecerão no dia 29/10/08.Para maiores informações acesse:http://cidadaniapretonobranco.blogspot.com/2008/10/direito-ser-tratado-como-pessoatecendo.html


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Projeto tecendo cidadania

tecendo cidadania

terça-feira, 1 de julho de 2008

CURSO DE EXTENSÃO EM SOCIOLOGIA E FILOSOFIA

Está acontecendo nos dias 30/06 01 e 02/07/2008 na cidade de Gravatá o Encerramento do Curso de Extensão em Sociologia e Filosofia para professores da Rede pública do estado de Pernambuco oferecido pela Secretaria de Educação e a Universidade Federal de Pernambuco. O evento acontece nos hotéis Portal e Casa Grande.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

PROJETO TECENDO CIDADANIA COM ARTE

O Centro de Ensino Experimental de Garanhuns realiza no dia 26/06/2008 a culminância da primeira etapa do Projeto Tecendo Cidadania no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante com atividades de cidadania através da arte. Vários trabalhos serão apresentados envolvendo músicas,danças e teatro onde os alunos pudedão refletir e discutir questões de cidadania no Brasil e os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanso.A segunda etapa 2008 do Projeto Tecendo Cidadania com Arte acontecerá nos meses de setembro e outubro onde os alunos estarão discutindo o direito de ser pessoa como temática da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Informação e imagens Disponíveis em:(http://cidadaniapretonobranco.blogspot.com/search/label/PROJETO%20TECENDO%20CIDADANIA)

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE GARANHUNS
Projeto Tecendo Cidadania
2ª Etapa: Percepção – Atividade II: Passeio/estudo
Público Alvo: Alunos dos 2ºs anos

PROGRAMAÇÃO/ROTEIRO

1º DIA
Manhã
800h às 11:30h: Horto de Dois Irmãos
Tarde
12:00h- Itamaracá
13:00h- Almoço
14:00h- Projeto Peixe boi
15:00h- Forte Orange
15:30h- Praia
16:30h- Retorno
17:30h- Entrada na Pousada
18:00h- Banho e janta
19:30h- Saída para o Shopping
22:00h- Boa viagem
23:00h- Retorno/Dormir

2º DIA
Manhã
7:30h às 10:00h: Olinda
10:30h: Casa da Cultura
Museu de Cinco Pontas, Recife Antigo
12:30h- Almoço
13:30h- Oficinas Brennand
15:30h- Retorno/Garanhuns

TEMÁTICAS

• Direito à vida, à cultura, ao lazer e ao contato com a natureza;
• Preservação e conservação do meio ambiente;
• Reino animal;
• Importância da arte no exercício da cidadania e na construção da auto-estima;
• Linguagens, Línguas (Português, Espanhol e Inglês), interação e cidadania;
• Urbanização, exclusão social e cidadania;

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS - SEGUNDA ETAPA
• Educação, direitos Humanos e Cidadania,Artes
• Biologia, Sociologia, Filosofia, Geografia,História
• Português, Espanhol, Inglês e Educação física

ATIVIDADES
• Vivência de momentos de fruição e lazer junto ao grupo e ao meio ambiente;
• Apreciação da arte em suas diferentes linguagens e sua importância para a cidadania e identidade das pessoas nas cidades de Recife e Olinda;
• Reflexão sobre a importância da luta pela defesa e preservação da vida em todos os seus segmentos a partir das atividades do Projeto Peixe Boi;
• Identificação de aspectos da Cultura popular, sua importância, manutenção e comércio;
• Observação de representantes do Reino animal (Horto de dois irmãos) em seus diferentes aspectos;
• Reflexão sobre a condição de vida das pessoas nas cidades de Recife, Olinda e Itamaracá destacando situações de exclusão social.
• Interação com pessoas de outros países por intermédio da língua.

“Toda a pessoa tem direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefício,. de ter contato com a natureza e com as diferentes formas de expressão da cultura humana como a arte, música, literatura, esportes etc.
(DUDH, Artigo XXVII parágrafo 1)

2ª Etapa – REFLEXÃO-Estará sendo realizada nos dias 01,08,22 e 29/10/08 com apresentações de trabalhos dos alunos:pesquisa bibliográfica e de campo com as seguintes temáticas:
• I - Conceitos/concepções
Direito de ser pessoa/Dignidade da pessoa.
a- Grupos de estudo:
b- Menor
c- Idoso
e- Mulher
f- Homossexual
g- Negro
h- Índios
i- Portadores de necessidades especiais

quinta-feira, 1 de maio de 2008

DIA DO TRABALHADOR

Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo XXIII
Gustave Courbert "Mulheres peneirando trigo"
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
Gustave Courbert "Cortadores de pedras"
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.
Imagens:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Courbet

terça-feira, 29 de abril de 2008

katrina

O Furacão Katrina foi um grande furacão, uma tempestade tropical que alcançou a categoria 5 da Escala de Furacões de Saffir-Simpson . Os ventos do furacão alcançaram mais de 280 quilômetros por hora, e causaram grandes prejuízos na região litorânea do sul dos Estados Unidos, especialmente em torno da região metropolitana de Nova Orleães, em 29 de agosto de 2005 onde mais de um milhão de pessoas foram evacuadas.
O furacão Katrina causou aproximadamente mil mortes, sendo um dos furacões mais destrutivos a ter atingido os Estados Unidos.Este acontecimento nos instiga a algumas reflexões e quem sabe a aprendizagens significativas.Leia a mensagem, pense as imagens(http://www.weather.com/newscenter/slideshow/katrina2.html):













Se não pensarmos e agirmos, talvez o acaso não nos proteja da distração...
Acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Furac%C3%A3o_Katrina

PROJETO TECENDO CIDADANIA

Visando sistematizar, encaminhar e viabilizar as atividades pedagógicas da disciplina Educação, Direitos Humanos e Cidadania a professora Perpétua Teles do Centro de Ensino Expeiemntal de Garanhuns propõe à comunidade escolar o "Projeto Tecendo Cidadania" para ser vivenciado, por toda escola, durante o ano letivo com com desenvolvimento das sequintes atividades:

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE GARANHUNS
PROJETO TECENDO CIDADANIA – EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
GRUPOS DE ESTUDOS: 2ª ANOS

1ª Etapa – SENSIBILIZAÇÃO
• Conceitos/concepções
Cidadania, direitos e deveres (realidade social)
Direito à vida, Direito à liberdade
Princípios/valores:Igualdade,solidariedade, fraternidade,justiça.
• Atividades com linguagens da arte(música, dança, teatro, poesia,vídeo, etc)
• Culminância dia 26/06/2008 – Centro Cultura Alfredo Leite Cavalcante

2ª Etapa – PERCEPÇÃO/REFLEXÃO
• I - Conceitos/concepções
Direito de ser pessoa/Dignidade da pessoa.
a- Grupos de estudo:
b- Menor
c- Idoso
e- Mulher
f- Homossexual
g- Negro
h- Índios
i- Portadores de necessidades especiais
• Atividades de pesquisa bibliográfica (Dalmo Dallari, Gilberto Dimenstein) e de campo(entrevista e vídeos com representantes dos grupos estudados)
• II – Direito à cultura, lazer(esporte) e contato com a natureza e ciência.
Atividades: Passeio estudo às cidades de Recife, Olinda e Itamaracá.

3ª Etapa – AÇÃO/PRODUÇÃO
• Conceitos/concepções
Direitos civis, políticos e sociais
Direito à paz e ao meio ambiente sadio.
• Participação - Dia da Consciência Negra)20/11/2008
Trabalho na comunidade de Castainho/ União dos Palmares Serra da Barriga
• 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Passeio dia 19/12/2008(todas as turmas) - da escola ao Centro Cultural
Apresentação de trabalho (Encontros de escolas)
Sistematização das produções
Premiação dos melhores trabalhos

terça-feira, 22 de abril de 2008

22 DE ABRIL DIA MUNDIAL DA TERRA


Olho de Deus(Imagens da Nebulosa Helix(600 anos luz da Terra) captadas com o telescópio espacial Hubble/Nasa)

Na criação ou na evolução parece que não entendemos o sentido de mordomia nem da responsabilidade do domínio. E aí criamos um dia para pensar a renovação do que matamos todos os dias apenas por que não compreendemos que não somos criadores, mas criaturas, tanto quanto o que dominamos e destruímos: a terra.

Gn 1: 26 - "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança ; tenha ele domínio sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,sobre toda a terra
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.

O homem e a Terra: questão de ter futuro

A pretexto do Dia Mundial da Terra, que amanhã se celebrará, a edição de hoje do Diário de Notícias é atravessada por uma série de trabalhos jornalísticos cujo denominador comum são as preocupações ambientais e a preservação do planeta.

Hoje, felizmente, estes temas começam já a absorver a atenção das pessoas em todo o mundo, nomeadamente a das novas gerações. E é urgente que assim seja para reverter esta tendência do aumento da poluição, do abuso das energias fósseis, do desperdício da água - e, sobretudo, das consequências que um inadequado comportamento humano produz na planeta.

O século XXI será com certeza dominado, até do ponto de vista do debate político, por
estas temáticas que no fundo se relacionam com a qualidade de vida de todos nós. A comunicação social, como as empresas, tem aqui um papel importante numa reflexão geral, permanente, sobre este tema e daí a certificação de Carbono Zero que exibiremos durante toda a semana que agora começa.

A temática relativa ao ordenamento do território, tão cara ao arquitecto Ribeiro Teles, que nos ajudou à elaboração desta edição, está igualmente patente nas nossas páginas. E o que se fala quando se invoca o ordenamento do território? De coisas ao mesmo tempo simples e complexas que se prendem com relação coerente entre o espaço urbano e o rural, a necessidade de suster a pressão do imobiliário que se vai traduzindo, por um lado, num crescimento irracional do betão e, por outro, na destruição sistemática da paisagem rural e no abandono da agricultura, consequência do desaparecimento das aldeias, do despovoamento do território.

É também o modelo urbanístico que está em causa e deve ser alvo de uma reflexão profunda com tradução em planos directores municipais equilibrados e amigos de uma relação saudável do Homem com o meio ambiente.

Não podemos ignorar que o fenómeno urbano que avassala todos os continentes permite antecipar que em 2050 vivam em cidades 6 mil milhões de pessoas.

Não haverá no futuro vida de qualidade se o Homem continuar a ter como prioridade o desenvolvimento económico a qualquer preço, sem respeitar os níveis de CO2 que despeja na atmosfera à revelia do Protocolo de Quioto.

O mundo mais desenvolvido industrialmente, que chegou ao estado em que se encontra depois de um século XX que depauperou as reservas de combustíveis fósseis, tem de saber negociar com a China, a Índia, o Brasil e demais potências que esgrimem com alguma lógica as respectivas necessidades.

E sempre com uma certeza: a preservação da Terra passa por todos os dias pela reavaliação dos nossos gestos e das nossas opções. (http://dn.sapo.pt/2008/04/21/editorial/o_homem_terra_questao_ter_futuro.html)

CRIAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA TERRA

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/index.php3&conteudo=./educacao/artigos/diadaterra.html

domingo, 13 de abril de 2008

Componente curricular: Educação Ambiental

A SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DISPONIBILIZA(http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/ambiental.doc) PROPOSTA DE TRABALHO PARA O Componente curricular: Educação Ambiental

Ementa: A disciplina visa consolidar a Educação Ambiental nos diversos níveis e modalidades de ensino, por meio da criação de espaços estruturantes na escola para um dia-a-dia participativo, democrático e saudável, promovendo a inter-relação entre a escola e a comunidade, com foco nas questões socioambientais locais.

Objetivo: Estimular e sensibilizar os jovens para transformar as diversas formas de participação em potenciais caminhos de organização buscando soluções para os problemas ambientais locais.

I Unidade

Cidadania, Ambiente e Política internacional: do Clube de Roma a ECO-92

O objetivo desta unidade é discutir os principais tratados internacionais e seus princípios e orientações fundamentais para formação de um pensamento crítico, coletivo e solidário em prol da sustentabilidade e da melhoria do meio ambiente.


 O pensamento do Clube de Roma
 A conferência de Estocolmo em 1972
 ECO-92 realizada no Rio de Janeiro
 A Convenção do Clima e o Protocolo de Kyoto
 A Carta da Terra


Sugestões metodológicas

 “Assistir e problematizar em sala de aula filmes como “Um dia depois de amanhã”, “uma verdade inconveniente”, "The Corporation” (A corporação), “koyaniskatsi” entre outros, relacionando-os com os tratados.
 Debater em sala as conclusões dos grupos sobre os diversos documentos estudados.
 Organizar jogos envolvendo a temática estudada.
 Júri simulado remetendo-se aos acordos internacionais.
 Realizar reflexão a partir de algumas letras de músicas: “Índio” Legião urbana, “Epitáfio” Titãs, “Sal da terra” Beto Guedes, “Planeta Água” Guilherme Arantes entre outras.

II Unidade
Desenvolvimento Socialmente Sustentável

O objetivo da unidade: Ir além dos tradicionais deveres e direitos do cidadão, refletindo sobre a “sociedade de consumo” e seus impactos ambientais devastadores no planeta, fortalecendo uma visão sistêmica.

 A constituição e o Meio Ambiente
 A importância da lei ambiental e a cidadania
 Gênese e evolução de problemas ambientais.
 Interação complexa dos processos ambientais a sua volta
 A sociedade de consumo
 Impactos ambientais do consumo

Sugestões metodológicas

 Discutir as responsabilidades individuais, coletivas, locais e globais na construção de princípios comprometidos com as sociedades sustentáveis.
 Assistir e debater o filme a “Dieta do Palhaço (Super size me)” relacionando-o a sociedade de consumo, principalmente, a comida de fast food.
 Júri simulado a partir de estudo de caso.
 Promover seminários discutindo os impactos ambientais e a produção exagerada da “sociedade de consumo”.


III Unidade

População, Comunidade e Equilíbrio

O objetivo da unidade: Refletir sobre o modelo de desenvolvimento econômico e suas conseqüências nos ambientes urbanos e rurais, possibilitando identificar a natureza dos impactos.

 Os impactos ambientais urbanos
 A água e os esgotos
 O problema do lixo: os resíduos sólidos
 Agricultura sustentável
 Os impactos ambientais nos espaços rurais

Sugestões metodológicas

 Assistir e problematizar o filme “ilha das flores” (ou outro similar), relacionando-o o ambiente urbano como relações dos homens com o espaço construído e a natureza nas aglomerações de população e de atividades humanas.
 Realizar estudo do meio (visitar locais em processo de degradação ambiental) visando à participação e envolvimento nos problemas ambientais locais.
 Desenvolver jogos e brincadeiras que despertem o interesse e a reflexão dos problemas ambientais locais.
 Produção de texto (diversos gêneros textuais) simulando campanhas publicitárias promotoras de cidadania envolvendo a escola e a comunidade.

IV Unidade
Pensar globalmente, agir localmente.
O objetivo da unidade: Consolidar ações voltadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, fortalecendo a integração dos estudantes, professores, funcionários e comunidade.

 Agenda 21 na escola
 Alimentação e lazer
 Coleta seletiva e reciclagem do lixo
 O problema da nossa comunidade
 Formando Com-Vida nas escolas

Sugestões metodológicas

 Pesquisar a agenda 21 do estado de Pernambuco.
 Discutir a necessidade de criar a agenda 21 da escola.
 Criar e desenvolver um projeto de reciclagem na escola.
 Debater a criação de uma horta orgânica na comunidade.
 Pesquisar os principais problemas ambientais da comunidade.
 Criar ou fortalecer o Com-Vida (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola.).

Sugestões Bibliográficas

Carraro, Fernando. A Parábola do planeta azul. Editora FTD.
Londoño, Alejandro. Ecologia um exercício de fé. Editora Paulinas.
Mendes,André Trigueiro. Meio Ambiente no século XXI. Editora Autores Associados.
Rodrigues, Sergio de Almeida. Destruição e Equlíbrio - O Homem e o Ambiente no Espaço e no Tempo. Ed. Atual
Scarlato, Francisco Capuano e Pontin Joel, Energia para o Século XXI. Editora Àtica.
DISPONÍVEL EM:http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/ambiental.doc

Componente Curricular: História da Cultura Pernambucana

PROGRAMA DA SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO PARA O
Componente Curricular: História da Cultura Pernambucana

Ementa: Compreensão do processo de construção da identidade cultural pernambucana a partir do reconhecimento da história dos grupos indígenas e afro-brasileiros.

Objetivo: Identificar a contribuição dos grupos indígenas e afro-brasileiros na formação da cultura pernambucana, analisando as principais manifestações folclóricas e religiosas, bem como, o panorama atual da cultura popular no Estado.

I. Unidade

História e cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural pernambucana

Objetivo da unidade: Promover a disseminação da Lei 10.639, partindo da análise histórica da cultura afro-brasileira, suas principais manifestações e sua influência sobre a sociedade pernambucana.

 A cultura afro-brasileira como instrumento de luta pela eliminação da discriminação Racial;
 Identidade, história e cultura dos afro-brasileiros e afro-brasileiras em Pernambuco;
 Celebrações culturais de matrizes africanas: frevo de rua, do capote, de canção, de blocos, maracatu; côco; afoxé; entre outros;
 Atuação de negros e negras em diferentes áreas do conhecimento, de atuação profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social (tais como: Zumbi, Solano Trindade, Aqualtune, Julia Santiago entre outros);
 Identidade cultural das comunidades e territórios negros urbanos e rurais.

Orientações metodológicas

 Realizar debates sobre a importância do estudo da história da cultura dos afro-descendentes, enfatizando a desconstrução da imagem negativa das religiões de origem africana;
 Promover, junto ao professor (a) de artes, um estudo sobre as raízes africanas de nossa cultura contemporânea e depois realizar uma exposição dos trabalhos desenvolvidos;
 Solicitar pesquisa sobre o desempenho dos afro-descendentes nas diferentes áreas de atuação, expondo, através de um jornal mural os resultados obtidos;
 Visitas a espaços culturais que contemplem a cultura dos afro-brasileiros e afro-brasileiras.

II. Unidade

Cultura Indígena dos Povos de Pernambuco

O objetivo da unidade: Discutir a cultura dos povos indígenas pernambucanos ao longo das suas histórias, identificando a construção de suas formas de subsistência, a organização da vida social e política, as suas relações com o meio e com outros grupos e a produção de conhecimentos.

 História dos povos indígenas de Pernambuco;
 Patrimônio cultural indígena do Estado de Pernambuco;
 Tradições indígenas do Estado de Pernambuco;
 A arte indígena;
 Identidade cultural das comunidades e territórios indígenas de Pernambuco;
 Processos históricos regionais de relacionamento entre índios e não-índios.

Orientações metodológicas

 Criação de um glossário de termos indígenas utilizados amplamente em nosso vocabulário diário;
 Estudo de textos, poemas e músicas ligadas à temática indígena;
 Trabalho com argila, recriando objetos característicos dos indígenas pernambucanos;
 Busca em sites de jornais com a intenção de identificar a presença dos índios nas manchetes atuais, com olhar crítico sobre a posição destes na sociedade;
 Estudos sobre medicina natural e culinária alternativa com base na cultura indígena;
 Leitura, interpretação e dramatização de lendas e costumes indígenas;
 Organização de periódicos ou jornais com notícias sobre a atual situação dos índios;
 Identificação de representantes indígenas ou seus descendentes na comunidade local para eventuais entrevistas em busca de novas informações sobre a cultura e as transformações/adaptações causadas pela vida na metrópole.

III. Unidade

Manifestações Folclóricas e Religiosas

O objetivo da unidade: Realizar um estudo sobre as principais manifestações folclóricas e religiosas pernambucanas, analisando a contribuição dos diferentes povos formadores de nossa identidade cultural.

 Ciclo Carnavalesco: Blocos, troças, clubes, maracatus (rural e de baque virado), caboclinhos, ursos, blocos anárquicos, escolas de samba, afoxés, mascarados, bonecos gigantes, bois de carnaval;
 Ciclo Quaresmal: Paixão de Cristo, malhação de Judas, serra velho e micarême;
 Ciclo Junino: quadrilhas, fogueiras de ruas, bandeirolas, balões, adivinhações, fogos, bandas de pífano, antadores, acorda povo, bacamarteiros, violeiros, emboladores, forró, ciranda, xote, xaxado, coco e baião;
 Ciclo Natalino: pastoril, pastoril profano, a queima da lapinha, o reisado, a cavalhada, o fandango e o bumba – meu – boi;
 Ciclo Afro: Manifestações religiosas de matrizes africanas.

Orientações metodológicas

 Visitas a espaços culturais que contemplem o tema da unidade;
 Montagem de mini-peças teatrais (sketches) sobre as manifestações folclóricas discutidas na unidade;
 Confecção de cartazes sobre as diferentes manifestações folclóricas e religiosas abordadas durante o bimestre;
 Resgate de músicas, cantigas, hinos, etc. cantados durante a celebração das manifestações culturais estudadas;
 Levantamento histórico dos grupos culturais existentes nas cidades ou bairros.


IV. Unidade

O cenário contemporâneo: Arte e movimentos de Cultura Popular

O objetivo da unidade: Debater os processos de transformação por que vem passando a cultura pernambucana, identificando os principais nomes do cenário cultural contemporâneo no Estado, enfatizando a cultura local (cidade ou bairro em que a escola se localiza).

 Movimento Armorial: todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura(literatura de cordel), artes plásticas, teatro, mamulengo, cinema, arquitetura, xilogravura entre outras expressões;
 Os “bonequeiros” do Alto do Moura e a feira de Caruaru;
 Artes Cênicas: Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), Teatro da Universidade Católica de Pernambuco (TUCAP), Teatro Experimental de Arte (TEA), Teatro de Amadores de Caruaru (TAC), Escola de Teatro Brincante(Antônio Nóbrega) entre outros;
 Artes visuais: o cinema de Pernambuco;
 Artes plásticas do Estado de Pernambuco;
 Novo movimento musical de Pernambuco: movimento manguebeat, movimento cultural Hip Hop, rock pernambucano, cultura do Alto José do Pinho, de Peixinhos, entre outros.


Orientações metodológicas

 Promover debates utilizando as letras das músicas de bandas contemporâneas: “Nação Zumbi”, “Cordel do Fogo Encantado”, “Mundo Livre S/A”, “Devotos”, entre outras.
 Exibir filmes, tais como: “Lisbela e o Prisioneiro”, “O Auto da Compadecida”, “Baile Perfumado”, “Árido Movie”, entre outros;
 Identificar, na comunidade, artistas plásticos, músicos, dançarinos, etc. para serem entrevistado pela turma;
 Promover apresentações culturais, tais como: danças, músicas, encenações, produzidas pelos alunos como forma de desenvolver as aptidões culturais de cada um.

Sugestões Bibliográficas

ABREU, Márcia. Histórias de cordéis e folhetos. Campinas, SP: Mercado de Letras : Associação de Leitura do Brasil, 1999.

ALMEIDA, Magdalena (org.). Quadrilha junina: historia e atualidade: um movimento que não é só imagem. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2001.

ALMEIDA, Luiz Sávio de et. al. O negro e a construção do carnaval no nordeste. Maceió: EDUFAL, 1996.

AMORIM, Maria Alice; BENJAMIN, Roberto Emerson Camara. Carnaval: cortejos e improvisos . Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2002..

ANDRADE, Emanuel. Ana das Carrancas: a dama do barro. Recife: Factum Comunicação, 2006.

ANDRADE, Maria de Lourdes Goes Xavier de. Aspecto do folclore de Pernambuco. Recife: Companhia Ed. de Pernambuco, 1975..

ANDRADE, Moises; CLAUDIO, José. Um testemunho do xangô pernambucano. Recife, FUNDARPE, 1983.

ARAÚJO, Humberto. Maracatu Leão Coroado. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1989.

ARLÉGO, Edvaldo. Assombrações do Recife. Recife: Edições Edificantes, 2000.

BARRETO, José Ricardo Paes; PEREIRA, Margarida Maria de Souza. Festejos juninos: uma tradicao nordestina . Recife: Nova Presença, 2002

Benjamim, Roberto Emerson Câmara. Folguedos e danças de Pernambuco. 2. ed. Recife : Fundacao de Cultura Cidade do Recife, 1989.

BENJAMIN, Roberto Emerson Camara. Pequeno Dicionário do Natal. Recife: Sociedade Pró-cultura, 1999.

BENJAMIN, Roberto Emerson Câmara. Contos populares brasileiros: Pernambuco. Recife: FUNDAJ,/Massangana, 1994..

BONALD NETO, Olimpio. Bacamarte, pólvora e povo. 3. ed. Recife: Bagaço, 2004.

BONALD NETO, Olimpio. Os gigantes foliões em Pernambuco. Olinda: Fundação Centro de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda, 1992.

CÂMARA, Renato Phaelante da. Luiz Gonzaga e o cantar nordestino. Recife: FUNDAJ, 1997.

CAMAROTTI, Marco. Resistência e voz: o teatro do povo do nordeste. 2. ed. Recife: Artelivro, 2003.

CÁRDENAS, Carmela Oscanoa de. O uso do folclore na educação: o frevo na didática pré-escolar. Recife: FUNDAJ, 1981.
CARVALHO, N. M. ; BARRETO, José Ricardo Paes ; MOTA, Sophia Karlla. Dicionário do frevo. 2. ed. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.

DANTAS, Leonardo. Bandas musicais de Pernambuco: origens e repertorio Recife: Governo do estado de Pernambuco, 1998

Ferreira, Ascenso. Ensaios folclóricos: o maracatu: presépios e pastoris: o bumba-meu-boi. Recife: Secretaria da Educação de Pernambuco, Departamento de Cultura, 1986.

FILHO, Américo Pellegrini. Danças Folclóricas. São Paulo: Universidade Mackenzie, 1980.

FILHO, Mario. Música Popular em Pratos Limpos. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1989.

Freyre, Gilberto. Assombrações do Recife velho: algumas notas historicas e outras tantas folcloricas em torno do sobrenatural no passado recifense. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

FROTA, Lélia Coelho. Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro: século XX. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2005.

LIMA, Claudia. Evoé: História do Carnaval: das tradições Mitológicas ao Trio Eletrico. Recife: Raizes Brasileiras, 2001.

LIMA, Claudia. Um sonho de foliao. Recife: Bagaço, 1996

LIMA, Ivaldo Marciano de França. Maracatus-nação: Recignificando velhas histórias. Recife: Bagaço, 2005.

MAIOR, Mário Souto; VALENTE, Waldemar (orgs.). Antologia pernambucana do folclore. Recife : FUNDAJ, Massangana, 2001.

MAIOR, Mário Souto. Bibliografia pernambucana do folclore. Recife: Massangana, 1999.

MELO, Edvaldo Muniz de. Um século e meio de repentes: cultura popular nordestina. Recife: Bagaço, 1998.

MENEZES, Lia. As Yalorixás do Recife. Recife: Funcultura, 2005.

NASCIMENTO, Mariana Cunha Mesquita do. João, Manoel e Maciel Salustiano: três gerações de artistas populares recriando os folguedos de Pernambuco. Recife: Associação Reviva, 2005

PEDRO, Ribeiro. Maracatu de Baque Solto. São Paulo: Quatro Imagens, 1998.

Rabello, Evandro. Memórias da folia: o carnaval do Recife pelos olhos da imprensa (1822-1925). Recife: Funcultura, 2004.

TELES, José. Do frevo ao manguebeat. São Paulo: 34, 2000.


http://www.gigantesdeolinda.com.br/
http://www.cultura.pe.gov.br/
http://www.culturapernambucana.com/
http://www.pe-az.com.br/arte_cultura/arte_cultura.htm
http://recifeolinda.com.br/
http://www.memorialpernambuco.com.br/memorial/index.htm
http://www.cec.pe.gov.br/
http://www.soutomaior.eti.br/mario/
http://raizesdatradicao.uol.com.br/
http://www.palmares.gov.br/
http://www.pe-az.com.br/indios/indios.htm
http://www.ufpe.br/nepe/povosindigenas/
http://www.tap.org.br/
DISPONÍVEL EM:http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/histocultpe.doc

Componente Curricular: Educação e Trabalho/PERNAMBUCO

SEGUE PROPOSTA DA SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO PARA O Componente Curricular: Educação e Trabalho

Ementa: As relações entre Educação e Trabalho, compreendidas nas formas contemporâneas de organização do trabalho e seus diferentes significados para a juventude brasileira no exercício da cidadania, diante do desenvolvimento das novas tecnologias e novas demandas profissionais.

Objetivo : Compreender o mundo do trabalho, as transformações pelas quais vem passando na sociedade atual, identificando o perfil da juventude brasileira diante das práticas de inclusão e exclusão no trabalho e na escola.

I. Unidade

A relação da juventude com o trabalho

O objetivo da unidade: Discutir a relação dos jovens com o trabalho, os múltiplos significados do trabalho em suas vidas, levando-os a perceber as várias dimensões do trabalho.

 Os diferentes significados do trabalho para a juventude
 As experiências pessoais dos jovens no mundo do trabalho
 As várias condições de trabalho: todo trabalho dignifica a pessoa humana?
 Emprego e mercado informal de trabalho.


Orientações metodológicas:

 Discutir as experiências dos alunos no mundo do trabalho, percebendo os diferentes significados do trabalho para as suas vidas: o primeiro trabalho, as dificuldades, as satisfações, as mudanças ocorridas em suas vidas;
 Promover discussão sobre a crise do emprego formal (carteira assinada), o mercado informal de trabalho;
 Prosseguir discussão sobre as condições de trabalho: trabalho assalariado, trabalho infantil, condições precárias de trabalho, direitos do trabalhador (13° salário, FGTS, carteira de trabalho, férias remuneradas, seguro-desemprego).

II. Unidade

As transformações no mundo do trabalho e as novas tecnologias no Brasil

O objetivo da unidade: Compreender as transformações pelas quais vem passando o trabalho na sociedade contemporânea a partir do desenvolvimento de novas tecnologias, identificando as novas profissões e as novas demandas para o profissional.

 As mudanças nas formas de trabalho frente às novas tecnologias
 Novas profissões e ocupações no Brasil
 O perfil profissional no atual mercado de trabalho

Sugestões metodológicas:

 Promover análise sobre as mudanças no mundo do trabalho frente às novas tecnologias, levando o aluno a refletir como estas inovações interferem em sua vida cotidiana;
 Promover discussão sobre a dimensão subjetiva do trabalho que remete ao desenvolvimento de habilidades (uso de tecnologias, elaboração de currículo vitae, etc), ao autoconhecimento, à sociabilidade (capacidade de trabalhar em equipe, cooperação, solidariedade) e à realização pessoal, de modo a favorecer a preparação para uma inserção no mercado de trabalho.

III. Unidade

Juventude e Educação: desafios e possibilidades

O objetivo da unidade: Refletir sobre o papel da educação na vida dos jovens frente aos desafios do mundo do trabalho

 O papel da escola na formação para a vida e para o mundo do trabalho
 As experiências educacionais e de qualificação profissional dos jovens
 Os itinerários formativos: a escolha da profissão
 O acesso aos cursos técnicos profissionais e ao ensino superior

Sugestões metodológicas:

 Promover debates sobre as práticas de inclusão e exclusão do jovem na escola e no mundo do trabalho
 Estimular o jovem a falar sobre suas experiências educacionais e as primeiras experiências no mundo do trabalho
 Incentivar o jovem a expressar seus sonhos: que profissão ele gostaria de ter?
 Promover debates sobre os possíveis caminhos a escolher: cursos técnicos profissionais, cursos universitários.


IV. Unidade

Trabalho e cidadania: que relação é essa?

O objetivo da unidade: Refletir sobre o trabalho como direito, como valor, como necessidade e fonte de realização pessoal e profissional.

 O Trabalho como necessidade social e como valor prático-criativo
 Condições de vida e trabalho: as desigualdades sociais, concentração de riqueza
 O jovem trabalhador: exclusão e inclusão no mercado de trabalho
 O trabalho como realização pessoal e profissional

Sugestões metodológicas:

 Promover debates utilizando músicas como: “Cidadão” (Intérprete: Zé Geraldo); “Meu País” (Zezé Di Camargo e Luciano); “Construção” (Chico Buarque).
 Incentivar a discussão sobre as condições de vida no Brasil; Pernambuco e Recife: desigualdades sociais, distribuição de riqueza, concentração de renda.
 Realizar pesquisas através do Mapa de Desenvolvimento Humano e Social da Cidade do Recife (Prefeitura da Cidade do Recife).

Referências Bibliográficas

CORTI, A. P; SOUZA, R. Diálogos com o mundo juvenil: subsídios para educadores. São Paulo: Ação Educativa, 2004.

DEL PINO, M. A. B. Educação, trabalho e novas tecnologias: as transformações nos processos de trabalho e de valorização do capital. Pelotas, editora Universitária, UFPel.

D’OLIVEIRA. E. Novos horizontes de inclusão social de jovens: um estudo de caso da Vila Olímpica da Mangueira. Rio de Janeiro: Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção. Coppe, UFRJ, 1999.

NASCIMENTO, A. E. e BARBOSA, J. P. Trabalho: história e tendências. São Paulo: Ática, 1996.

NOVAES, R. Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. . São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2004.

SOUSA, V. de. Juventude, Solidariedade e Voluntariado. Salvador: Fundação Odebrecht; Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego e Secretaria de Direitos Humanos, 2003.

LUIZ, A. E. C. Memórias do Trabalho: depoimentos sobre Profissões em extinção. São Paulo: Confederação Nacional dos Metalúrgicos, 1999.

SITES

www.acaodacidadania.com.br
www.ecosol.org.br
www.comerciosolidariobrasil.com.br
www.projetojuventude.org.br
www.ibge.gov.br
www.mte.gov.br

DISPONÍVEL EM:http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/educatrab.doc

COMPONENTE CURRICULAR:DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

A SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO APRESENTA E DISPONIBILIZA(http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/educatrab.doc) A SEGUINTE PROPOSTA DE TRABALHO PARA O Componente Curricular: Direitos Humanos e Cidadania NO ESPAÇO ESCOLAR:

Ementa: Compreensão das bases conceituais e históricas dos Direitos Humanos, da reconstrução histórica no processo de afirmação dos Direitos Humanos na sociedade brasileira, despertando nos alunos o interesse no debate e na participação em questões afetas à cidadania e à vivência plena dos direitos e contribuindo para o desenvolvimento de responsabilização.

Objetivo: Oportunizar um espaço de reflexão, análise e compreensão dos princípios, valores e direitos que caracterizam a dignidade humana, a democracia e o pluralismo político que fundamentam uma sociedade livre, justa e solidária, estimulando práticas sociais e escolares fundamentadas no respeito aos Direitos Humanos.

I. Unidade

Direitos Humanos

O objetivo desta unidade é analisar os fundamentos e concepções de direitos humanos, cidadania e democracia, oportunizando o conhecimento e o debate sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, seus princípios e valores.

 Fundamentos históricos dos Direitos Humanos: conceito de Direitos Humanos, Cidadania e Democracia
 Direitos civis e políticos
 Direitos econômicos e sociais
 Direitos de solidariedade
 Conhecendo a legislação: A Declaração Universal dos Direitos Humanos

Sugestões metodológicas

 Construção conceitual utilizando a Mandala dos Direitos Humanos. Respondendo à questão o que são Direitos Humanos? Os alunos apresentam imagens retiradas de revistas e jornais que explicitem cada Direito Humano estudado e formam um painel circular.
 Discutir os direitos civis, políticos, econômicos e sociais a partir das experiências dos alunos e de situações do cotidiano, utilizando diversas linguagens de expressão (música, poesia, dança, teatro, textos literários, de jornal, charges, pintura, etc.).

II. Unidade

A evolução dos Direitos Humanos no Brasil

Objetivo da unidade: Discutir o movimento histórico de incorporação dos Direitos Humanos na legislação brasileira, sua importância na construção das lutas sociais e na constituição de novos sujeitos de direito e a participação das diferentes mídias no processo de construção dos conceitos e concepções sobre Direitos Humanos.

 A legislação e os Direitos Humanos no Brasil
 Movimentos sociais e Direitos Humanos no Brasil (ênfase no movimento estudantil)
 As mídias e as diferentes de respeito ou desrespeito aos Direitos Humanos no Brasil
 Conhecendo a legislação: Direitos dos portadores de deficiência e dos idosos; Direitos da Criança e do Adolescente.

Sugestões metodológicas

 Pesquisa abordando a legislação e os Direitos Humanos no Brasil, partir de diversas fontes, solicitando reflexões individuais e coletivas.
 Apresentação do material coletado pelos alunos e alunas para análise e discussão.
 Entrevista e/ou palestra com representantes de diferentes movimentos sociais que atuam na cidade, seus objetivos, lutas, avanços e importância na defesa dos Direitos Humanos.
 Análise e discussão do papel do grêmio escolar como espaço de construção de valores democráticos e participação cidadã, relacionando aos movimentos estudantis.
 Entrevista com representantes do Grêmio Escolar e/ou jovens envolvidos no movimento estudantil.
 Discussão de dilemas éticos que estão subjacentes ao papel da imprensa ao apresentar notícias relacionadas aos Direitos Humanos.

III. Unidade

Preconceito, racismo e desigualdade no Brasil

Objetivo da unidade: Contribuir para o desenvolvimento de uma percepção crítica da exclusão social das populações indígenas e afro descendentes no Brasil, promovendo o desenvolvimento da consciência da necessidade de erradicação da pobreza, redução das desigualdades sociais e combate a todas as formas de preconceitos e discriminação.

 O que são racismo e preconceito no Brasil
 A luta dos povos indígenas e a violação dos seus direitos
 Quilombo – espaço de resistência de negros e negras
 A exclusão sócio-econômica da população afro descendente no Brasil
 Conhecendo a legislação: A lei contra o racismo

Sugestões metodológicas

 Estudo da situação indígena e negra no Brasil, enfatizando o processo de resistências dessas populações.
 Investigação o tema, análise das informações e debate.
 Elaboração de painéis informativos.
 Análise crítica de representações de índios, negros e negras em músicas, literatura, filmes e outras formas de expressão, visando desvelar preconceitos e discriminações.
 Exercício autobiográfico a partir de experiências de discriminação e racismo vivenciado por alunos e alunas.
 Debate sobre práticas de inclusão e exclusão de índios, negros e negras, com ênfase nas ações afirmativas.

IV. Unidade

Equidade de gênero

Objetivo da unidade: Promover o debate sobre a importância da construção da igualdade nas relações de gênero na sociedade brasileira e do combate a todas as formas de violência e discriminação contra a mulher.

 Os conceitos de gênero e de relações de gênero
 Enfrentamento da violência contra a mulher
 As relações de gênero e o mundo do trabalho
 Conhecendo a legislação: A Lei Maria da Penha




Sugestões metodológicas

 Debate sobre as práticas discriminatórias contra a mulher observadas por alunos e alunas no seu cotidiano.
 Entrevista com representantes engajadas no movimento de mulheres na cidade, visando a discussão sobre a condição feminina, a (des)valorização do trabalho da mulher, em relação ao trabalho masculino, abordando a equidade de gênero no contexto dos Direitos Humanos.
 Análise de filmes, propagandas, músicas e outras expressões que desvalorizam a mulher.
 Análise de dados sobre a violência contra a mulher no mundo, no Brasil e em Pernambuco e das medidas legais de proteção dos direitos da mulher, de superação da discriminação de gênero e de enfrentamento de todas as formas de violência, particularmente da violência doméstica.
 Estudo e análise da Lei Maria da Penha.

Bibliografia Básica

ARAÚJO, Ulisses F.; AQUINO, Júlio Groppa. Os Direitos Humanos na Sala de Aula: A Ética Como Tema Transversal. São Paulo: Moderna, 2001.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em Preto e Branco: discutindo as relações sociais. São Paulo: Ática, 2002.
CANDAU, Vera Maria, et al. Oficinas Pedagógicas de Direitos Humanos. Petrópolis: Vozes, 1995.
CANDAU, Vera e SACAVINO, Susana (orgs.). Educar em Direitos Humanos. Rio de Janeiro: D& P Editora, 2000.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 2001.
COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que é cidadania. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1995.
NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2004.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
LEI 10.639 DE 09 DE JANEIRO DE 2003. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".
LEI MARIA DA PENHA


Bibliografia Complementar

CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e Direitos Humanos. In: REDE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS. Construindo a Cidadania: Desafios para o Século XXI. Capacitação em Rede. Recife: RBDH, 2001.

COMPARATO, Fábio Konder. Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 2ª.Ed. São Paulo: Saraiva, 2001.


BIBLIOGRAFIA VIRTUAL

www.direitoshumanos.usp.br
www.dhnet.org.br
www.onu-brasil.org.br/documentos
www.rndh.gov.br
www.mndh.org.br
www.onu-brasil.org.br/obrasilnaonu.php
www.unesco.org.br
acaodacidadania.infolink.com.br
boletimgajop.blogspot.com
DISPONÍVEL EM:http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/educatrab.doc

quinta-feira, 20 de março de 2008

Direitos Humanos e Cidadania a Partir da Bíblia/reflexão

Navegando pelo site do Dhnet encontrei este texto que penso nos oferece, além das informações, uma bela reflexão neste período de Semana Santa. Feliz Páscoa para todos. Uma páscoa que realmente tenha o sentido proposto pela Bíblia: ressureição, vida para todos e vida em abundância.

Direitos Humanos e Cidadania a Partir da Bíblia

Rev. Luiz Caetano Grecco Teixeira

O CLAI - Conselho Lati¬no Americano de Igre¬jas vem desenvolven¬do, há alguns anos, o Programa “Direitos Humanos e Solidarie¬dade” em toda a América Latina e o Caribe. Esse Programa, em diversos aspectos, marca - de for¬ma significativa - a inserção das Igrejas Protestantes Históricas, Evangélicas e Pentecostais latino-americanas, filiadas ao CLAI, em ações concretas de promoção e defesa dos Direitos Huma¬nos no continente e no mundo. Por sua vez, o Programa de Juventude na Região Brasil, vem trabalhando o tema da Cidadania nos últimos dois anos.
As Igrejas Cristãs são desafia¬das, em cada geração, a reafirmar a consequência de sua fé e identidade. Nisso, se defrontam com a questão do poder e do abuso do poder diante de sua vocação específica de anunciar a Boa Nova do Evangelho, a Vida em Plenitude para toda a humanidade a partir de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. Evangelho de São João 10,10). Nesse sentido, cada cristão é chamado a ser testemunha e agir no mundo promovendo a Vida em Plenitude.
Afirmar os Direitos Humanos significa reconhecer duas coisas: que os seres humanos têm direitos aliená¬veis e, ao mesmo tempo, que há sem¬pre o risco desses direitos não serem respeitados: há sempre alguém que???? ? se julga com poder para não respeitá-¬los... As Igrejas, como toda a socieda¬de, são também chamadas a refletir e a optar pela ação em defesa dos Direi¬tos Humanos. O exercício pleno dos Direitos da Pessoa Humana é o que chamamos de cidadania.
O presente artigo pretende apre¬sentar uma posição teológica, embora de forma muito resumida, que fundamenta essa opção.

O TEMA NA BÍBLIA

O tema dos Direitos Humanos, às vezes sem adotar essa nomenclatu¬ra, sempre esteve presente nas Igrejas Cristãs. E parte da missão apostólica a afirmação e a defesa da dignidade da pessoa humana, criada por Deus à Sua imagem, conforme a Sua Semelhan¬ça. A presença do tema na reflexão e na ação cristã decorre exatamente pela sua presença na Bíblia. Vejamos alguns exemplos:

No Livro de Gênese
???? ?

As duas narrativas míticas sobre a Criação que encontramos na Bíblia provêm de tradições orais diferentes, mas ambas afirmam a dignidade da pessoa humana que, colocada no cen¬tro do ato criador de Deus, se torna parceiro de Deus no cuidado de toda a Criação. Isto é, Deus entrega ao Ser Humano o poder sobre toda a Criação, para que o ser humano cuide dela.
O tema do poder perpassa toda a Bíblia, como perpassa toda a Histó¬ria. Logo após as narrativas da Cria¬ção, vem a narrativa (da tradição Javista) da Queda do Homem. E aqui a Bíblia coloca já de início a questão do poder e do seu abuso.
Ao contrário do que ensinam os moralistas histéricos, e geralmente hipócritas, a famosa narrativa do fruto proibido nada tem a ver com a sexualidade. Pelo contrário, têm a ver com o conceito de poder absoluto.
Em Gênesis 3 surge o problema do poder. Segundo o texto, Deus havia dado um limite ao poder delega¬do ao Ser Humano: não poderia co¬mer frutos de uma árvore coloca???? ?da no centro do Jardim. A Serpente traz a tentação de comer o fruto daquela árvore, com um argumento crucial: “É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. Ou seja, o comer daquele fruto permitiria tornar-se igual a Deus, com o mesmo saber/poder de Deus.
O drama mítico atinge então o ápice logo em seguida: o ser humano se percebe nu, isto é, se percebe frágil e precisa esconder-se. O tiro saiu pela culatra: ao invés de ficarem iguais a Deus, ficaram, sim, conscientes de sua fragilidade e de sua limitação. A presença de Deus, que vinha passear pela tarde no Jardim e gozar da com¬panhia do ser humano, se torna ame¬aça e o ser humano, diante da Presença, precisa esconder-se.
Mais ainda, a percepção da nu¬dez e o sentimento de vergonha impe¬de que o ser humano se mostre como é diante do seu semelhante, e por isso Deus lhes faz as vestes, para cobrir sua nudez, o símbolo de sua fragilidade, a denún¬cia de sua vontade de poder frustrada.
Isso nos recorda aquela fábula renascentista do Rei que estava nu não é mesmo? Bem, na verdade, os reis de todos os tempos, os poderosos do mundo, não podem negara ???? ?própria nudez que os olhos de uma criança, livres das ideologias e dos sistemas políticos, denunciam....
Um segundo exemplo no Livro de Gênesis, sobre a tentação do poder absoluto, é a narrativa da Torre de Babel (Gênesis 11,1-9): a busca do poder absoluto leva a humanidade ao desentendimento, à quebra da comu¬nhão e ao dispersar-se sem unidade e sem senso de comunidade. A confu¬são de línguas mostra a impossibilida¬de do seres humanos viverem sob o poder absoluto de um semelhante. Sempre haverá discórdia e luta pelo poder, porque cada um fala uma lín¬gua, cada um diz e pensa de forma diferente e terá de impor sua vontade sobre os demais.

A LEI

No Pentateuco, ou os chama¬dos Cinco Livros da Lei de Moisés, se percebe claramente o caráter social da ética dos hebreus. Vamos encontrar nestes cinco livros, exemplos cla¬ros de que o critério hebreu para o convívio humano se pauta pelo reco¬nhecimento de direitos que eram re¬portados como Lei de Deus.
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O Código Legal que se deduz da leitura desses cinco livros é real¬mente desafiador para o mundo con¬temporâneo, em que a massificação e os aparatos de controle político e eco¬nômico violentam as pessoas, especialmente aqueles que não se enquadram no modelo: os excluídos.
O Código Mosaico (de Moisés) parte do pressuposto de que a Vonta¬de de Deus é soberana e norteia toda a ação e o convívio humano. E sua maior preocupação é sempre com os que correm o risco maior de exclusão: o pobre, o órfão, a viuva, o leproso, o estrangeiro, o endividado... Regula o uso e a distribuição da terra e dos alimentos, prevê o sustento dos pobres, define os poderes das autoridades, esta¬belece padrões reguladores para a vida econômica... e estabelece também as penas para aqueles que não cumprem a lei ou que abusam do poder.
Seria por demais extenso e can¬sativo relacionar todas as referências de conteúdo ético social, político e econô¬mico do Pentateuco. Espero que o leitor mais cuidadoso e interessado possa dis¬por de tempo para fazer, ele mesmo, sua pesquisa e aprofundar as idéias que aqui lanço apenas de passagem.

A TRADIÇÃO PROFÉTICA

Mas é, sem dúvida, na Tradição Profética do Antigo Testamento que vamos encontrar referências para as ações em defesa da dignidade humana, sua liberdade e seu direito à vida em plenitude e abundância.
A moderna exegese bíblica in¬forma que a Tradição Profética surge na contramão do poder estabelecido em Israel e Judá. Os profetas, fossem quem fossem (homens do povo - como Amós, que era pastor de ovelhas, ou homens da própria corte - como saías), representavam a oposição consciente ao discurso e, especialmente, aos atos do poder despótico daqueles que rei¬navam sobre o povo em Israel (Samaria) e em Judá (Jerusalém).
Os profetas falam conscientes de que são chamados e enviados por Deus para denunciar toda opressão e anunciar o Reinado de Deus, e exer¬cem essa vocação a partir da Autorida¬de Divina. Denunciam a falácia do poder dos Reis, que deveria estar a serviço do povo, mas serve apenas aos interesses da corte que tem, no Templo, seu maior aliado. Ao mesmo tempo, lembram que toda ???? ? autoridade vem do Senhor dos Exército e é, por¬tanto, delegada em benefício do povo.
Os Profetas reafirmam a Lei Mosaica, não a contradizem. Respon¬dem assim às ideologias de seu tempo que buscavam justificar - com a pró¬pria Lei - as atitudes e a opressão dos poderosos sobre os mais fracos.
Um exemplo muito interessan¬te e rico é o episódio da Vinha de Nabote (1 Reis 21).

NO NOVO TESTAMENTO

Há duas passagens do Nova Testamento que são as prediletas da¬queles que advogam pela causa dos poderosos e justificam os atos autoritários. Sempre que formulamos críticas ao poder estabelecido, eles vem com estes textos bíblicos, que já se tornaram chavões. Gostam de citar o versículo, a frase, sem relacioná-la com o contexto histórico da comunidade cristã onde (ou para quem) o texto foi elaborado.
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1. “Daí a César o que é de César...”
Uma primeira passagem é a célebre frase de Jesus: “Daí a César o que é de César...”. A frase está na perícope do Evangelho de São Mateus 22,15-22 (e paralelos nos Evangelhos de São Marcos e São Lucas).
Sem grandes elucubrações filológicas e exegéticas, podemos re¬sumir o texto assim: os fariseus e dou¬tores da Lei buscavam pegar Jesus através de suas próprias palavras para acusarem-no de subverter a ordem pública, especialmente diante do Im¬pério Romano. Assim ficariam livres dele e ao mesmo tempo não seriam os que iriam julgá-lo. Ou seja, buscavam um artificio que politicamente os dei¬xasse bem com o Poder e com o Povo. Bem típico de grupos de interesse em todos os tempos e de certas bancadas “modernas” e defensoras do pragmatismo no Congresso Nacional.
Então, perguntaram a Jesus acer¬ca do tributo que se devia pagar ao Imperador Romano. Jesus estava dian¬te de uma arapuca: se dissesse ser justo, contrariaria o espírito naciona¬lista da Lei Mosaica e reconheceria o domínio do Império, que ao ver do povo, usurpava do direito que era de Deus; se, por outro lado, afirmasse???? ? que o tributo era injusto, seria alvo fácil da repressão do Império.
A resposta de Jesus é uma gran¬de tirada: pergunta de quem é a ima¬gem que está na moeda com a qual se pagaria o imposto. Todos respondem que é do próprio Imperador. Então Jesus se safa com a seguinte afirmação teológica: “Dai pois a Césaro que é de César, e a Deus o que é de Deus”!
Ao associar a imagem de César com a moeda, Jesus relembra que o ser humano é imagem de Deus. As¬sim, a resposta de Jesus coloca o poder de César sobre aquela moeda, mas não sobre o ser humano!
Ora, foi preciso coragem para a comunidade cristã do primeiro século fazer tal afirmação. César, o Impera¬dor Romano, era Senhor do Mundo (Kýrios, no grego). Os cristãos afirma¬vam, já no primeiro século, que Jesus é o Kýrios (Jesus é o Senhor). Tal afirmação era (como ainda é) revolu¬cionária e contestadora de todo poder estabelecido como absoluto. Ao colo¬car essa afirmação na boca de Jesus, a comunidade cristã onde o texto foi gerado estava afirmando de forma cla¬ra e inequívoca que sua adesão a Jesus Cristo implicava em não reconhecer César (e portanto, o., Império) como absoluto.
Acima de César e de todos os imperialismos está o poder de Deus e a dignidade do Homem, que sendo feito à imagem de Deus, só a Deus pertence. O ser humano não é objeto que pertença a nenhum outro, a ne¬nhum sistema ideológico, político, econômico ou religioso. O ser huma¬no é livre pela sua própria natureza e essência, livre em Deus!
Por essa afirmação de fé e con¬sequente atitude política é que os cris¬tãos foram assassinados pela repressão do Império Romano (e sempre pelos órgãos de repressão a serviço de todo tipo de poder absoluto: despotismo, ditadura, etc, até mesmo em nossa América Latina e país há pouco tem¬po atrás).
Assim, o texto ao invés de justi¬ficar a autoridade de César (e dos Césares de todos os tempos por exten¬são), pelo contrário, mostra exatamente a limitação dessa autoridade: está abai¬xo do Reinado de Deus.
2. “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores...”
Aqui se cita o Apóstolo São Pau¬lo, em sua carta aos Romanos, 13,1-7. Citado assim, ???? ?parece mesmo que o Apóstolo está nos sugerindo que toda autoridade é boa e deve ser obedeci¬da. Cansei de ouvir esse texto como advertência nos tempos de minha militância no movimento estudantil na década de 70 e no movimento sindical nos anos 80.
Porém, São Paulo fala no con¬texto da vida cristã, tendo como referencial a fé e as virtudes decorren¬tes de uma nova vida em Cristo. Pois antes, no capítulo 12, fala exatamente dessa nova vida.
Por isso, a obediência a que Paulo se refere está subordinada à obediência ao Evangelho. Paulo dá, nessa e em outras epístolas, lições de bom senso para as comunidades que pastoreava ou com quem se comuni¬cava. O que Paulo está dizendo é que não se deve hostilizar a autoridade inadvertidamente, nem que se deve desprezar as ordenações sociais que regulam as relações humanas. Poderí¬amos hoje dizer que Paulo defenderia o que chamamos de Estado de Direito, no contexto de sua existência no mun¬do helenista do Império Romano no Oriente e de sua formação como fariseu. Mas jamais o Apóstolo estaria defendendo a obediência cega e não crítica à autoridade, O mesmo Paulo afirmava que Jesus é o Senhor, em clara desobediência ao Imperador e aos estatutos do Império Romano.
O próprio Paulo se valeu, con¬tudo, de sua condição de cidadão ro¬mano (de sua cidadania!) para reivindicar o direito de receber julga¬mento justo (cf. Atos 22- 27). Ou seja, modernamente falando, podemos di¬zer que o Apóstolo Paulo defende - na limitação de seu contexto histórico e sócio-político - os valores de cidada¬nia e de direitos da pessoa humana.

CONCLUINDO

Quando celebramos os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos é preciso estarmos atentos diante dos fatos que observamos no cotidiano. A Declaração é mais que um documento, é o reconhecimento da integridade e da dignidade de cada pessoa humana.
Nestes tempos esta dignidade e integridade se acham constantemente ameaçados. Os esquemas de poder e dominação hoje são sutis; os déspo¬tas, os opressores, os que se apropri¬am do poder em beneficio de si próprios ou de seus aliados continu¬am, com o sempre, traindo a tarefa que lhes é delegada quando se lhes conce¬de o poder. p class="MsoNormal">Mas estão ocultos, não são facil¬mente reconhecidos, escondem-se por trás de grandes corporações, por trás de sistemas políticos e econômicos e principalmente atrás de discursos forjados na comunicação de massa e na ideologia do consumo e do mercado.
Milhares ou melhor dizendo, milhões de pessoas são colocadas à margem todos os dias, impossibili¬tadas de atenderem ao que se consi¬dera mínimo para sua inclusão entre os seres humanos “consumidores”. Regiões inteiras do nosso planeta são deixadas de lado e não têm mais acesso aos benefícios conquistados pela ciência e pela tecnologia que, em princípio, deveriam tornar me¬lhor a vida humana.
Por serem pobres, não interes¬sam ao deus-mercado, e assim são tratados como se não existissem, ou seja, não recebem tratamento algum! Essa é a maior manifestação do Diabó¬lico em nosso tempo.
Contra o deus-mercado, a Bí¬blia nos convoca novamente a afir¬mar o Senhorio do Deus que criou a Vida, em Jesus Cristo. Defender e promover os Direitos Humanos é acima de tudo, assumir atitudes ci¬dadãs e lembrar ao mundo que os Direitos são de todos os Humanos, não ???? ? de alguns poucos privilegiados que podem consumir.
Que nos próximos 50 anos a humanidade seja capaz de construir o mundo mais próximo do jardim que Deus nos deu na Criação, de tal forma que não precisemos celebrar os 100 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, porque não será mais uma declaração de princípios, mas a forma de vida adotada por toda a humanidade.
Que Deus se compadeça de nós e em Sua misericórdia (capacida¬de de compreender a dor), nos ajude. Amém.
Rev. Luiz Caetano Grecco Teixeira, ost
Sacerdote anglicano e Secretário Regional para o Brasil do CLAI – Conselho Latino Americano de Igrejas

palestra apresentada ao Encontro de Juventude Regional Nordeste
promovido pelo CLAI-Brasil, em Natal (RN), novembro de 1998
Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/religioes_igrejas/dh_biblia.html

sábado, 1 de março de 2008

ANASTÁCIA-MULHER E LÍDER NEGRA


Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos em nosso País. Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão de sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, “Delmira”, Mãe de “Anastácia”, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violentada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual “Anastácia”, sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de maio, no centro-oeste mineiro. Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” terias vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou a muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: “Anastácia”, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu. Apesar de toda circunstância adversa, “Anastácia” não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando’lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”. ( Onde seu espírito, combate a inveja, ciúmes e a injustiça). “Anastácia”, já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não teve como evitar a destruição também dos poucos documentos que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referente à “Escrava Anastácia” – “A Santa” ( assim, é cultuada dentro da Religião Afro-Brasileira), além da imagem que a história ou a lenda deixou em volta de seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.
Fontes: Da revista Suingando – Quem é Quem na Negritude Brasileira.
Disponível em:http://www.juliodiagonjusi.kit.net/escrava_anastacia.html
http://institutoprincesanastacia.blogspot.com/2007/06/mulheres-negrasreflexes-sobre.html
Amplie sua leitura sobre o tema:
Livro - Anastácia - Escrava e Mártir negra
Antonio Alves Teixeira (Neto)Não Disponível
Língua:Português (Brasil)
Editora:Editora Eco, RJ
Edição: 6ª
Nº de páginas:94
Mário Diniz (capa)
Assuntos abordados na obra:
Religião: Preces espíritas. Escrava Anastácia.

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES/Lei Maria da Penha


Disponível em: http://www.contee.org.br/secretarias/etnia/materia_23.htm
A Lei Maria da Penha já está em vigor
A Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foi sancionada pelo presidente Lula, dia 7 de agosto, e receberá o nome de Lei Maria da Penha Maia. “Essa mulher renasceu das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, afirmou o presidente.O projeto foi elaborado por um grupo interministerial a partir de um anteprojeto de organizações não-governamentais. O governo federal o enviou ao Congresso Nacional no dia 25 de novembro de 2004. Lá, ele se transformou no Projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e agora sancionado.A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, acredita que o número de denúncias possa aumentar. “Certamente , quando oferece a sociedade uma estrutura de serviços onde as mulheres se sintam encorajadas a denunciar porque tem uma rede de proteção para atendê-las, você aumenta a possibilidade de número de denúncias”, disse.A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres colocou à disposição um número de telefone para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento. O número é o 180, que recebe três mil ligações por dia.
Maria da Penha MaiaA biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica. Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.Após às tentativas de homicídio, Maria da Penha Maia começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no seu estado, o Ceará. Ela comemorou a aprovação da lei. "Eu acho que a sociedade estava aguardando essa lei. A mulher não tem mais vergonha [de denunciar]. Ela não tinha condição de denunciar e se atendida na preservação da sua vida", lembrou. Maria da Penha recomenda que a mulher denuncie a partir da primeira agressão. "Não adianta conviver. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em assassinato."Quatro agressões por minutoA deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que o caso de Maria da Penha Maia não é isolado e que muitas mulheres sofrem agressão dentro de casa. Segundo ela, o espancamento atinge quatro mulheres por minuto no Brasil. E acrescentou que muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor. Uma pesquisa realizada em 2001 pela Fundação Perseu Abramo estima a ocorrência de mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano. O estudo apontou ainda que cerca de uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem. Dentre as formas de violência mais comuns destacam-se a agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões, sofrida por 20% das mulheres; a violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher, vivida por 18%, e a ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão, vivida por 15%.Juizados especiaisA Lei Maria da Penha estipula a criação, pelos tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal, de um juizado especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para dar mais agilidade aos processos.Além disso, as investigações serão mais detalhadas, com depoimentos também de testemunhas. Atualmente, o crime de violência doméstica é considerado de “menor potencial ofensivo” e julgado nos juizados especiais criminais junto com causas como briga de vizinho e acidente de trânsito.A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, afirmou que vai recomendar a criação. “O Poder Judiciário, por meio do Conselho Nacional de Justiça, tem a intenção de fazer recomendar a todos os judiciários estaduais, que são autônomos e independentes, a criação dos juizados especiais que cuidam da violência doméstica”.Prisão em flagranteO Brasil triplicou a pena para agressões domésticas contra mulheres e aumentou os mecanismos de proteção das vítimas. A Lei Maria da Penha aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão – o mínimo foi reduzido de seis meses para três meses.A nova lei altera o Código Penal e permite que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também acaba com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.A lei também traz uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor. A violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica.A mulher poderá também ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica. O Brasil passa a ser o 18.º da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que fica assim definida: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Leia íntegra da lei -ARQUIVO EM PDFLeia manifesto das mulheres http://www.planalto.gov.br/spmulheres/(Agosto de 2006. Fontes: Radiobras/Agência Brasil, Agência Estado, SEPM, Cfemea)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

FURTO DE FLOR/DRUMMOND


"Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim, nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:- Que idéia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!"

em>Carlos Drummond de Andrade, Contos plausíveis (s/ data)
Disponível em:http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/05/furto-de-flor.html

Esse texto tem me ensinado fortes lições.
Não tenho dificuldade para pensar a flor.
Sem espanto por ela sou capaz de chorar.
Já tive em minhas mãos uma roubada.
Não a furtei. Furtaram-na de mim.
O bem, o maior bem.
Uma vez furtado.
Como devolver? O que devolver?
Melhor não furtar
A flor.
Como compreender
O furtar a flor?
Como aceitar o calar da beleza...
A falta...
A VIDA...
A flor?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

PROGRAMA PARA A DISCIPLINA EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

A atual Matriz Curricular de Referência para o Ensino Médio da Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educação em Pernambuco, para parte diversificada, sugere como componente curricular:Educação, Direitos Humanos e Cidadania,Educação Ambiental, História da Cultura pernambucana, Educação e Trabalho a serem oferecidos no Ensino Fundamental e Médio(1º e 2º anos)com carga horária de 80 horas-aula anuais/2horas-aula semanais.Este ano(2008) recebi a incumbência de ministrar essas aulas nestas mobalidades de ensino. Nesse sentido, visando organizar minha prática, a aprendizagem dos docentes e nossa participação na sociedade, a partir dos temas propostos, estou organizando os conteúdos da sequinte forma:

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS- Educação, Direitos Humanos e Cidadania

5ª SÉRIE
* O ser humano e o meio ambiente
1.EU EXISTO/TENHO UMA IDENTIDADE/UM JEITO DE SER
1.1-EU, O OUTRO E A COMUNIDADE

2. A importância e organização dos reinos animal e vegetal
2.1- Queimadas
2.2- Fauna e flora em extinção
2.3- O trabalho do Ibama
2.4- Reflorestamento
2.5- Poluição(água, ar...)
2.6- Aquecimento global
2.7- O papel da educação na preservação do meio ambiente


3- Pluralidade cultural
3.1- Cultura ou culturas
3.2- Respeito e diversidade cultural
3.3- Direito à cultura
3.4- A cultura do povo indígena
3.5- A cultura do povo africano e Afro-descendente
3.6- A cultura do europeu
3.7- Cultura brasileira e pernambucana

4- A paz
3.1- A paz como estado de espírito
3.2- A paz social/ Paz nas escolas
3.3- Paz na família

6ª SÉRIE
*O ser humano e os valores
1- A construção de uma sociedade organizada e justa
1.1- Convivência sadia e coerente
1.2- O respeito mútuo
1.3- Lei e justiça
1.4- O diálogo
1.5- Solidariedade e fraternidade

2- O trânsito
2.1- A identidade da cidade (paisagens, planta e vias do bairro e da cidade)
2.2- Locomoção no espaço público.
2.2.1- A sinalização e sua importância para a comunicação nos diferentes espaços
2.2.2- as conseqüências da falta de comunicação/sinalização nos espaços públicos
2.2.3- Sinalização e vandalismo
2.2.4- Acidentes de trânsito: uso de drogas e bebidas, menor ao volante.
2.2.5- Introdução ao código de trânsito brasileiro

3- A sociedade do consumo
3.1- Modismos e auto-estima
3.2- Beleza, qualidade e etiquetas
3.3- Condições para uma vida saudável: dinheiro e desperdícios
3.4-Consumismo na sociedade atual


7ª SÉRIE
1- Saúde
1.1- Saúde física e mental
1.2- Higiene
1.3- Saúde pública: saneamento, tratamento da água e do lixo
1.4- Sexualidade
1.1.1- Sexo como atividade saudável
1.1.2- Beijo, namoro e casamento(reconstrução histórica)
1.1.3- Prática sexual responsável
1.1.4- Moral e sexualidade: fidelidade, respeito, diálogo, acordos
1.1.5- Gravidez na adolescência
1.1.6- Aborto
1.1.7- DST

2- Drogas
5.1- Vícios perigosos e destrutivos
5.2- Prevenção e auto-estima
5.3- Dependências: física e mental
5.4- Associações de tratamento e apoio a viciados
5.5- Drogas: um problema social

8ª SÉRIE

1- O ser humano, a cidadania e a importância política para a sociedade
1.1- Democracia e cidadania
1.2- Sociedade e relações de poder
1.3- Eleições e participação social
1.4- A importância do voto
1.5- Os conselhos populares
1.6- Política e políticos
1.7- Líderes e lideranças sociais

2- Símbolos nacionais e exercício consciente da cidadania
3- A sociedade de classes
3.1- Distribuição de renda e injustiças sociais
3.2- Pobreza e fome
3.3- Profissionalização, condições de trabalho e salário justo
3.4- O mundo da exploração (trabalho e prostituição infantil...)

4- Sociedade de direitos
4.1- Compreensão da idéia de direitos e deveres
4.2- Direitos civis
4.3- Direitos políticos
4.4- Direitos sociais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO,DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
1º ANO - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS CONCEITUAIS
1.A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO ESPAÇO ESCOLAR
1.1.Educação só acontece na escola?
1.2.Direito à educação
1.2.1.tragédia educacional/Impacto econômico
1.2.2.Polêmica: vagas para excluídos
1.3.O custo da ignorância
1.4.Educação na era da informação
2.CIDADANIA
2.1.Conceito
2.2.Cidadania e sua história
2.3.Tipos de cidadania no Brasil
2.4.Cidadania e projetos de vida
3. CIDADANIA E DEMOCRACIA
3.1. Conceito de democracia
3.2. Convivência numa ordem democrática
3.3. Cidadania e o papel do Estado.
3.4.Direitos da cidadania(civis, políticos e sociais)
3.5.Todo cidadão tem deveres para com a comunidade
4. ÉTICA E CIDADANIA NO CONVÍVIO ESCOLAR
4.1. Conceito de ética
4.2. Ética na história
4.3. Ética e moral
4.4. Ética para uma convivência solidária
4.5. Ética e formação do cidadão
4.6. O que são valores? Direito à proteção dos interesses morais
5. CIDADANIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO
5.1. Direito ao culto
5.2. Direito a associações pacíficas
5.3. Linguagens,ccomunicação , mídias e manipulação social
6.CIDADANIA, LAZER E LOCOMOÇÃO
6.1.Direito a férias e ao bem-estar físico, social e mental
6.2.Direito de ir e vir(fronteiras do país)
6.3.Direito de locomoção e trãnsito
6.3.1.Organização e comunicação no espaço público
6.3.2.Convívio social no trânsito
6.3.3.Respeito à sinalização
6.3.4.Violência no trânsito
CONTEÚDOS ATITUDINAIS (em construção)
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
INDICADORES DE DESEMPENHO
METODOLOGIA/PROJETOS
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
SÉRIE : 2º ANO DO ENSINO MÉDIO
CARGA HORÁRIA: 2 horas-aula semanais
CONTEÚDOS CONCEITUAIS
1-DIREITOS HUMANOS
1.1-Noções e significados
1.2-Evolução histórica
1.3-Características
1.4-Dimensões
2- DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS(60 ANOS)
3. DIREIRO À VIDA
3.1. Dignidade
3.2. Liberdade
3.3.Igualdade perante a lei
3.4.Fraternidade/Solidariedade
4.DIREITO DE SER PESSOA
4.1. O menor(os direitos das crianças)
4.2. A mulher(questões de gênero)
4.3. O idoso
4.4. A pessoa com necessidades especiais
4.5. O índio
4.6. O negro/etnia(Lei para afro-descendentes)
4.7. Racismo, Escravidão e Tortura
4.8. Violência: a origem na escravidão
4.9. A prática policial no Brasil

5. DIREITO À LIBERDADE
5.1.Autonomia / heteronomia
5.2. Autonomia e liberdade
5.3. Liberdade e responsabilidade
5.4. Segurança
6.DIREITO A UMA NACIONALIDADE
6.1.Sentido de nação e povo.
6.2.Símbolos nacionais e cidadania
6.3.Identidade nacional(brasileira, pernambucana)
6.3.1.Identidade cultural e benefício das artes
6.3.2.Conceito de cultura
6.3.3.Diferenças culturais
7. DIREITO À IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
7.1.Escolaridade / trabalho/desemprego
7.2.Trabalho em condições justas e seguras
7.3.Propriedade
7.4.Urbanização/moradia
7.5. Participação nas riquezas
7.6. Participação no governo
7.7. Acesso aos bens públicos
8. DIREITO À SAÚDE E VIDA
8.1. Saúde física e mental
8.2. Drogas e sexualidade
8.2.Alimentação/fome/Desnutrição
8.3.Direito ao meio ambiente sadio/O lixo em questão
8.4.Direito a paz
8.5.Violência: do que temos medo?
8.9.A defesa dos direitos para uma ordem justa, democrática e sustentável

CONTEÚDOS ATITUDINAIS( em construção)
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
INDICADORES DE DESEMPENHO
METODOLOGIA/PROJETOS
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA

Obs: A proposta está para análise. estou questionando sua viabilidade. Será discutida com os alunos e colegas.Se possível deixe sua opinião.